Após muitos anos estou eu aqui,
muito triste e desde ontem questionando a Deus o porquê de ele ter levado o meu
amigo Ruben Zevallos Junior. Sou questionadora nata, mas aprendi que muitas das
minhas perguntas ficarão sem respostas ao longo de minha vida...
O Ruben com o seu jeito simples e
inteligente de ser conseguiu praticar com magnitude aquela frase de Exupery:
“tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas.”, Sempre com uma
palavra amiga...um bom dia entusiasmado, ele costumava saudar o dia com muita
alegria...receber os seus bom dias as duas da manhã não tinha preço...ele sempre tinha uma
forma feliz para nos abordar. Às vezes no meio de uma conversa sobre amenidades
ele de repente encontrava uma solução pra seus entraves tecnológicos e começava
a me explicar os porquês e os “praquês” de uma determinada coisa... eu me
sentia um ET...risos...restava a minha risada desentendida e voadora...Achava
o máximo escutar sobre o que nada sabia...
Nem mesmo a doença em seu inicio
pareceu desequilibrar o nosso guerreiro, em uma de suas postagens ele afirmou: “não
tenho medo da morte, sinto pelos amigos que sentirão minha falta”.
Ele tinha a vaga idéia do que representava
para cada um de seus amigos, mas nesses dias difíceis e dolorosos o seu
espírito pode sentir e ter a exata noção do quanto você, Rubão, é importante
para nós, a amplitude do amor que você semeou em cada um de nós...amigos,
amigos-irmãos, amigos que não tiveram tempo de viver presencialmente com
você...o carinho dos amigos dos amigos e os familiares desses amigos que se
mobilizaram nessa batalha de orações por você e para você.
Foi nesse congestionamento de
orações e preocupações que tive uma boa surpresa: a irmã de minha afilhada, até
então considerada atéia, depois de vê um post no facebook sobre o boletim
médico feito pela Flávia Reisman, me mandou uma mensagem in box dizendo que
desde o dia que o Ruben internou que ela se reunia com a irmã para fazer as
preces e pedia a DEUS pela saúde do meu amigo de Brasília, olha que
conquista?!?!?!
Ainda nesses dias, uma nova rede
de amigos foi criada e assim tive a oportunidade de provar da bondade,
generosidade, fé e esperança... Espero que os laços criados nesse momento de
dor possam ser prolongados, não se tornem nós e também não desatem pois foram
alicerçados em amor fraterno a princípio pelo Ruben e hoje estendido a cada um
que com uma mensagem ou telefonema se solidarizou com a dor do outro pela perda
do nosso amigo.
De hoje em diante prefiro crê que
o Ruben estará mais próximo de nós dentro de nossos corações, sempre vivo em
nossa memória e eternizado em nossos papos alegres sobre ele.
Ruben Zevallos Júnior, você não
só fez a diferença... Você foi a diferença: no falar, agir e viver, talvez por
isso foi arrebatado para perto de Deus, como ele costumava dizer sempre: Deus é
bom! Deus em sua infinita bondade te levou e nos uniu reativando o sentimento
muitas vezes deturpado: A AMIZADE.
Fica bem amigo...breve nos
reencontraremos,
Ana Carol Spicilits